Aprendizado, confraternização e diversão. No dia do veterinário, o projeto Saúde Única, do Departamento de Medicina Veterinária da Unicentro, realizou um evento, aliando ensino e extensão, para os moradores do bairro Industrial, em especial para os alunos da Escola Total Iná Ribas Carli, em Guarapuava. Com estandes e apresentações culturais, o evento contou, também, com a participação dos Departamentos de Nutrição, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia.
O conceito “saúde única” diz respeito à integração entre humanos, animais e o meio ambiente. Sua essência é o reconhecimento de que a chave para a saúde humana está no equilíbrio dos ecossistemas e na conservação da biodiversidade, resultando na prevenção do surgimento e no controle de zoonoses – que são doenças infecciosas transmitidas entre animais e seres humanos. As soluções propostas pela saúde única têm em vista o bem-estar humano, animal e do planeta.
“É a indissociabilidade da saúde humana, animal e ambiental. A gente viveu muito isso durante a pandemia. Obviamente, a gente tem que entender que não existe algo isolado. A saúde animal não é isolada da saúde humana, que não é isolada da saúde ambiental. Somos todos peças de uma engrenagem e ela tem que sempre trabalhar em conjunto para poder desenvolver uma melhora na qualidade da saúde das pessoas e, consequentemente, do meio ambiente e dos animais também”, explicou o o organizador do evento e coordenador do projeto de extensão Saúde Única – Unicentro, professor Adriano Carrasco.
Além de levar conhecimento, Adriano destaca o papel de ações de extensão na vida dos envolvidos – tanto dos acadêmicos atuantes no projeto, quanto do público impactado.
“É trazer a universidade para fora dos nossos muros, como a gente sempre fala. Os alunos, muitas vezes, estão distantes da realidade da situação, muitas vezes ruim, da população de forma geral. Então, eu trago os alunos para eles terem esse choque de realidade, para eles verem como as coisas são aí fora, principalmente para poder desenvolver, abrir um pouco a mente deles e, consequentemente, trazer para locais mais distantes para eles verem que eles podem chegar lá também. É a universidade como uma ferramenta de mudança dentro da sociedade”.
Acadêmico do quinto ano de Medicina Veterinária, Igor Rosino participou com sua turma de uma peça de teatro sobre a adoção responsável de animais e aproveitou para conhecer os outros estandes e adquirir aprendizados,que influenciam na sua formação pessoal e profissional.
“Eu acho que é muito importante para que as pessoas tomem conscientização de coisas do dia a dia, que precisam ser feitas. Por exemplo: tomar a vacina; o pessoal da nutrição que está ali ensinando sobre a alimentação adequada; a gente da veterinária que fala bastante sobre zoonoses, que são doenças transmissíveis de animais para seres humanos. Eu acho que é muito importante a gente ter esse contato com o público. Durante a graduação, a gente acaba não tendo tanto, principalmente com as crianças”, avalia.
Toda semana, Elvira Nascimento tem um encontro com as amigas do bairro para fazer exercícios físicos. Para ela, foi uma grata surpresa encontrar o evento e desfrutar das atividades propostas. “Hoje estava diferente! Veio toda uma turma que a gente não conhecia e, hoje, acabou conhecendo – uma equipe de médicos, veterinários, turma da saúde. Eu acho muito bom a gente participar desses eventos, deu para aprender bastante coisa. A gente fez exercícios diferentes do que a gente fazia aqui e a gente aprendeu sobre a saúde. Então, é muito bom”, finalizou.