Audiência pública vai debater a violência obstétrica nas instituições hospitalares do Paraná

Uma a cada quatro mulheres no Brasil já foi vítima antes, durante e depois do parto, mas boa parte delas nem imagina que foi vítima

A violência obstétrica, suas causas, consequências e seus desdobramentos voltam à pauta esta semana na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) em uma audiência pública proposta pelas deputadas Mabel Canto (PSC) e Cristina Silvestri (CDN) e pelo deputado Goura (PDT).

Evento será por videoconferência, a partir das 9 horas desta segunda-feira (14) com transmissão ao vivo pela TV Assembleia, site e redes sociais do Legislativo.

A violência obstétrica pode ser física, sexual, psicológica ou por negligência. Em alguns casos, a mulher sofre os quatro tipos de violência ao mesmo tempo.

Entre as práticas que podem ser consideradas violência obstétrica estão, por exemplo: jejum forçado; isolar a mulher e não permitir acompanhante; restringir a gestante ao leito, para que não se movimente; amarrar a mulher à cama; utilizar meios farmacológicos sem autorização; induzir o parto sem autorização; a episiotomia (corte entre a vagina e o ânus para facilitar a passagem do bebê) e a manobra de kristeller (quando a barriga é empurrada por enfermeiras).

A Assembleia Legislativa já aprovou dezenas de legislações que visam garantir que a chamada “boa hora”, se torne realmente o momento mais importante da vida da mulher, sem traumas.

Uma delas é a que prevê intérpretes de libras no momento do parto; outra, que prevê punições e multas para os casos comprovados de qualquer tipo de violência obstétrica, seja de forma verbal, física, psicológica e até sexual.

Os deputados também aprovaram a lei que prevê que a melhor modalidade de parto deve ser uma escolha da parturiente, sempre com acompanhamento médico. Vale para as gestantes da rede privada e as do Sistema Único de Saúde (SUS).