O perigo dos temperos prontos e o impacto na saúde e na dieta

Devido às quantidades excessivas de conservantes sal e outros aditivos eles podem aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e até mesmo câncer

Quem não gosta de uma comida bem temperada? Eles realçam o sabor dos alimentos e ainda conferem um aroma especial aos pratos, além disso, os temperos vão bem em diversas preparações e fazem toda a diferença para o sucesso da receita. Mas, com a correria do dia a dia, a grande maioria das pessoas acaba recorrendo à versão industrializada desses produtos. 

Sinônimo de praticidade, esses condimentos ultra processados possuem uma variedade impressionante. Opções é o que não faltam para agradar todos os gostos e alcançar todos os bolsos. Existem diversos tipos para preparar os mais variados pratos. O problema é que toda essa praticidade pode custar caro, especialmente a longo prazo. Segundo especialistas, o consumo desenfreado desses produtos representa uma ameaça à saúde, pois, devido às quantidades excessivas de conservantes, sal e outros aditivos, eles podem aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas, diabetes e, até mesmo, câncer.

Onde mora o perigo

Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, os condimentos comercializados em sachês ou caldos em cubos/tabletes de vários sabores, temperos em pastas, amaciantes de carnes e molhos prontos são considerados alimentos ultra processados. Ainda que pareçam inofensivos, esses produtos podem trazer sérios riscos ao organismo, especialmente daqueles que fazem uso contínuo.

Conheça os aditivos mais frequentes nos temperos industrializados e os riscos que eles apresentam:

Sódio: de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, o consumo diário de sódio não deve ultrapassar 2.400 miligramas. Para se ter uma ideia, algumas variedades de temperos prontos apresentam 1.038 miligramas por porção, dependendo do sabor, o que já equivale a quase metade da cota estabelecida para o dia. Essa substância, de origem mineral, é altamente absorvida pelo organismo. O problema está no consumo excessivo, que é associado a problemas com retenção de líquidos e doenças como hipertensão arterial, infartos e derrames.

Gordura trans: considerada uma das maiores vilãs presentes em alimentos industrializados, essas gorduras, conhecidas também como óleo hidrogenado, são o resultado do processo de transformação do óleo vegetal para a gordura sólida. Além de prejudicar o metabolismo do corpo, ela ainda favorece o processo inflamatório do organismo e aumentar o colesterol ruim e diminuir o bom. E não para por aí, pois, esse tipo de gordura é um fator de risco para doenças como obesidade, entupimento das artérias, diabetes e, até mesmo, câncer de mama.

Glutamato monossódico: esse realçador de sabor visa tornar os alimentos mais atrativos para o consumo, no entanto, o excesso dessa substância estimula a ingestão excessiva, contribuindo para o ganho de peso. Além disso, ele afeta as células, principalmente do sistema nervoso, e pode danificá-las, causando alto grau de toxicidade, o que pode acionar ou piorar disfunções de aprendizado e desencadear mal de Alzheimer e mal de Parkinson.

Glucose de milho: muito utilizado para transformar a textura dos alimentos, aumentando a cremosidade e reduzindo a formação de cristais de açúcar, ou, até mesmo, como adoçante em produtos industrializados, esse elemento é capaz de aumentar a conservação do alimento. Mas, em contrapartida, trata-se de um carboidrato simples, absorvido rapidamente pelo organismo, que proporciona energia instantânea e eleva os níveis de açúcar no sangue numa velocidade acelerada, gerando um pico de insulina que, em uso contínuo favorece o acúmulo de gordura e ainda dificulta a perda de peso.

Alternativas saudáveis

É possível abolir o uso de temperos industrializados sem abrir mão do sabor. As ervas naturais possuem aroma e sabor muito mais intensos, além disso ainda há a grande vantagem de que todos os nutrientes, como vitaminas e antioxidantes, são preservados e transferidos para o prato na hora de saborear aquela refeição caseira.

Sal de ervas: esse sal tem um preparo fácil e uma longa durabilidade. Trata-se de uma mistura do sal comum, pode ser o sal refinado, o sal grosso ou, até mesmo, o sal rosa para uma versão ainda mais saudável com ervas secas. A escolha das especiarias depende do gosto de cada um, mas entre as opções estão ingredientes muito acessíveis, como orégano, alecrim, folhas de louro, tomilho, pimentas e outros. Basta misturar e bater no processador ou liquidificador.

Fonte: Comida na mesa