Governador garante Paraná em guerra contra a dengue

Estado organiza um mutirão para evitar a proliferação do mosquito e reduzir o risco de epidemia

Ratinho Junior afirmou na quarta-feira (18) que o Paraná está em guerra contra a dengue, e convocou a população a colaborar no combate ao mosquito transmissor da doença para evitar o risco de uma grande epidemia no Estado.

O governador fez uma convocação para todo o Estado: queremos que população do Paraná entre no combate à dengue. Precisamos conscientizar a todos sobre os cuidados para evitar uma epidemia, que pode acontecer. Estamos todos juntos nessa verdadeira guerra. A dengue mata.

Ratinho Junior afirmou que o governo organiza um grande mutirão para conter o avanço da doença, com a participação dos órgãos estaduais, prefeituras, instituições da sociedade civil, entidades do setor produtivo, igrejas, associações e clubes de serviço.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado terça-feira (17), foram registrados 3.293 casos confirmados da doença desde 28 de julho. O número é 2.950% maior quando comparado com o mesmo período do ano passado (108 casos), o que reforçou o alerta por parte do governo estadual.

É uma política de enfrentamento, um programa de Estado. São 5 mil agentes espalhados por todo o Paraná, mas que precisam da colaboração da população para evitar a água parada, ajudar a limpar as casas e terrenos baldios para acabar com os focos da doença, a mais importante maneira de contê-la, destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

Sorotipo – De acordo com o secretário, existem quatro sorotipos de dengue e quem pegou a doença não está imunizado. Neste ano, ressaltou, cerca de dois terços da doença registrada no Paraná são do sorotipo 2 (DENV-2), considerada mais resistente.

Ele lembrou também que o mosquito ficou mais forte, diminuindo a eficácia de repelentes e do fumacê, o veneno mais usado contra o transmissor. O Ministério da Saúde está em fase final de estudos para a substituição do inseticida. Por isso a necessidade de falar abertamente com as pessoas para diminuir os danos, disse.

Comitê – A principal atividade do Comitê Intersetorial, que é coordenado pela Secretaria da Saúde, será espalhar por todos os municípios paranaenses informações de como conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença.

Além disso, o grupo fica responsável pelo acompanhamento semanal do boletim epidemiológico, que servirá de parâmetro para novas ações, como mutirões de prevenção com foco na eliminação de criadouros do mosquito transmissor.

O comitê reúne diversas secretarias, autarquias e empresas públicas do Estado, com o suporte de agentes da sociedade civil organizada, como igrejas, federações e sindicatos. Ficará em funcionamento até que a doença seja controlada, com especial atenção para o período do verão, considerado mais crítico.

Situação Atual – Atualmente, 266 municípios apresentam notificações para a dengue, que passam de 16.596 no Paraná. Os municípios com maior número de casos confirmados são: Santa Isabel do Ivaí, com 205 casos; Inajaí, com 71 e Nova Cantu, com 56.

São 11 cidades com epidemia: Paranacity, Nova Cantu , Quinta do Sol, Inajá, Santa Isabel do Ivaí, Ângulo, Colorado, Doutor Camargo, Floraí, Uniflor e Florestópolis.

Mutirão – O Governo do Estado mobilizou toda a sua estrutura para ações integradas de combate à dengue, durante esta quarta-feira (18), dando início à série de atividades que serão realizadas nos próximos meses.

Entre outras medidas, ao longo dia foram disparados quase 1 milhão de mensagens de alerta contra a doença e de ações de prevenção: para 500 mil celulares cadastrados na Defesa Civil; 300 mil cadastrados no portal Paraná Inteligência Artificial (PIÁ) e 96 mil a caminhoneiros que atuam com transporte de cargas no Porto de Paranaguá.