A tragédia no apartamento 403 completa um ano

Imagens apontaram agressões de Manvailer contra Tatiane Spitzner antes da queda do 4º andar do prédio

No dia 22 de julho de 2018 uma tragédia colocava a cidade de Guarapuava no cenário nacional e internacional dos noticiários policiais. Por conta do fato ocorrido no apartamento 403, num edifício na rua Senador Pinheiro Machado, centro da cidade, quando uma discussão entre um casal, que teria iniciado na volta para casa depois de uma festa. O acusado, Luís Felipe Manvailer, que era marido da advogada, Tatiane Spitzner, após ter praticado algumas agressões contra a vítima, a teria jogada a mesma do apartamento no 4º andar do edifício. Machucaduras no pescoço apontaram para esganadura ou asfixia da advogada. Após o ocorrido, Manvailer foi detido na cidade de São Miguel do Iguaçu, próximo a Foz do Iguaçu, recambiado para Guarapuava disse à polícia que teria imobilizado Tatiane sem o uso de força no momento que ela gritava por socorro e que a mesma teria se pendurado na sacada e sofrido a queda.  Imagens mostraram que Manvailer recolheu a esposa na escada na frente do prédio desacordada e levado de volta para o apartamento, onde minutos depois limpou manchas de sangue das paredes no corredor e no elevador. No momento em que uma viatura da Polícia Militar chegava para atender a ocorrência, Manvailer teria saído do local com o carro da vítima pelo estacionamento do edifício. Para o advogado de defesa, Claudio Delladone a atitude do acusado de fugir do local, foi do comportamento comum de um marido que ama a esposa e acabará de vê-la se suicidar.

CONTRADIÇÕES

 O delegado de polícia responsável pelo caso, Bruno Miranda Maciozek disse a reportagem do Extra Guarapuava na época que as imagens são nítidas e mostraram Manvailer agredindo a esposa desde a chegada no prédio, no estacionamento, até o apartamento. As imagens mostraram momentos onde a vítima tentou fugir do seu algoz, sofrendo agressões em diversos momentos, frisou o delegado. Em entrevista ao programa Fantástico da Rede Globo, o pai de Tatiane, também advogado, Jorge Spitzner, disse que a filha havia lhe procurado dias antes do ocorrido reclamando das atitudes violentas do marido. Mas que estaria tentando uma separação amigável, o que não ocorreu.

FEMINICÍDIO

    Em entrevista exclusiva ao jornalista Jonas Laskouski, a Promotora de Justiça, Dúnia Serpa Rampazzo, uma das responsáveis pelo caso disse que os laudos da necrópsia mostraram que Tatiane poderia estar morta antes da queda, em decorrência dos ferimentos no pescoço, apontando para morte por asfixia.  Com sinais externos e internos do corpo da vítima. Os laudos periciais só confirmaram os fatos descritos na denúncia, agravado por violência cruel, descreveu Dúnia.

 A Promotoria Pública denunciou Manvalier por crime de feminicídio. Após concluído a fase de depoimentos a Justiça conclui que Luís Felipe Manvailer irá ao Tribunal do Júri pelos crimes de homicídio qualificado e fraude processual.