A injustiça da dita Justiça

Por João Muniz

Nesta edição estamos revivendo os fatos ocorrido no dia 21 de janeiro de 2018, quando um caminhão sem freio e desgovernado invadiu uma casa no bairro Jardim das Américas em Guarapuava, que culminou com a morte fatal de um menino de quatro anos, pessoas feridas, prejuízos e traumas.

Dezoito meses depois verificamos que os culpados ficaram impunes e morte da criança virou mais uma estatística da violência no trânsito que ocorre no cotidiano na área urbana ou suburbana das cidades. Para fazermos uma analogia dos fatos vamos usar trechos da música de Raul Seixas com o título O dia em que a terra parou.

A morte brutal de uma criança praticada por um motorista sem CNH revolta moradores, o dia em terra parou…

Um inquérito policial sabe se lá se já foi concluído sem ouvir as vítimas ou testemunhas, o dia em terra parou…

A vida de um anjo ceifada de forma brutal não sensibilizou Conselho Tutelar, Assistência Social, Defensoria Pública, Ministério Público, Juizado da Infância e Juventude, OAB, Direitos Humanos. Cadê o cumprimento do Estatuto do ECA, eca! Como que se todos estivessem combinados. O dia em que terra parou…

Famílias ficaram com os prejuízos, o trauma com o ocorrido e a dor eterna com a morte de uma criança esmagada debaixo de um caminhão. O dia em que terra parou…

Se esse acidente tivesse acontecido na porta de uma escola particular ou casa que envolvesse filho de um bacana, de alguma autoridade ou pessoa ilustre estaria impune há 18 meses? O dia em que terra parou…

Queremos justiça! Não essa fria e insensível, mas aquela que cumpre e faz fazer cumprir a Constituição Federal. Que os culpados sejam levados ao banco de réus e que a morte desta criança, filho de uma família em situação de vulnerabilidade social não seja mais uma estatística da violência no trânsito.

No dia em que a Terra parou em Guarapuava (ôô)…