Estado apoia setor privado na criação de tinta que inativa o coronavírus

A pesquisadora destacou que a tintura foi desenvolvida com foco em hospitais e locais com grande circulação de pessoas

 

Governo do Estado se uniu à iniciativa privada para encontrar uma solução tecnológica para ajudar no combate à pandemia da Covid-19: uma tinta que consegue inativar o novo coronavírus em 99,999%. O produto da Renner Herrmann, chamado de Polidura Epóxi Higiene Total Geração Anti Viral, já está à venda no comércio em galões de 3,6 litros.

A empresa, especializada na produção de pigmentos para paredes e produtos derivados, foi uma das dez classificadas no edital Saúde Tech, promovido no fim do ano passado pelo Estado por meio da Fundação Araucária em parceria com o Senai no Paraná.

O chamamento público disponibilizou no total R$ 1,4 milhão, divididos igualitariamente, para acelerar o desenvolvimento de produtos e tecnologias voltados exclusivamente para o combate ao vírus.

“Buscamos soluções inovadoras em parceria com o setor empresarial. O Paraná tem uma indústria forte e especialistas capacitados para desenvolver novas soluções para melhorar a saúde pública. Tecnologia é fundamental para vencer a pandemia”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele reforçou que o Estado confia na parceria com a iniciativa privada como forma de dar respostas mais rápidas para a população.

INATIVAÇÃO DO VÍRUS – É o caso da tinta desenvolvida em Curitiba por técnicos da Renner Coatings, braço do grupo Renner Herrmann S.A. voltado a soluções de alto desempenho, com apoio do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica.

Uma das desenvolvedoras do pigmento antiviral, a pesquisadora do Senai Alana Cristine Pellanda explicou que o projeto começou em outubro. O produto chegou ao mercado no começo deste ano e custa em torno de R$ 440 o galão com 3,6 litros. Funciona exatamente como uma tinta convencional, inclusive com o mesmo tempo de secagem após a aplicação.

A pesquisadora destacou que a tintura foi desenvolvida com foco em hospitais e locais com grande circulação de pessoas, como as áreas comuns de condomínios, por exemplo. Mas, reforçou, pode ser usada pelo cidadão comum em sua residência.

“A pigmentação tem autonomia para se ligar aos vírus, incluindo o coronavírus. Se alguém contaminado espirra ou tosse, e o vírus adere àquela superfície, a tinta consegue inativá-lo. Quem tiver contato com a parede não será contaminado”, assegurou Alana.