Escolas municipais aderiram a robótica em Guarapuava

 

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A base Nacional Comum Curricular (BNCC) determina que as Escolas adaptem até 2020, seus currículos para o desenvolvimento de habilidades e competências. O objetivo da mudança é que a Educação prepare seus alunos para uma realidade diferente da atual, ou seja, que desenvolva competências necessárias para os desafios do século XXI. Parte deste desafio é inserir e capacitar uma geração de educadores a lidarem com a tecnologia e fazerem dela uma aliada nas metodologias. Nesse contexto, a E.TECH Brasil criou o Projeto EduCAR- Educação Criativa com Aplicação de Robótica, que já impactou mais de 20 escolas, e até o final deste ano, deve dobrar esse número.

A composição de laboratórios está atrelada a uma metodologia disruptiva em consonância com a nova BNCC, o que auxilia as escolas no uso de novas tecnologias educacionais. E o resultado já pode ser mensurado. As escolas pilotos em que a E.TECH Brasil aplicou a metodologia, obtiveram uma evolução do Ideb em mais de um ponto percentual. E uma das escolas piloto do projeto foi destaque na 15º edição do Congresso Latino-Americano de Software Livre e Tecnologias Abertas (Latinoware) e 1º LatinowareEDU, em Foz do Iguaçu.

CONCEPÇÃO

De acordo com o CEO da E.TECH Brasil, Valter Rodrigues Alves, todo o trabalho se norteia pela necessidade que foi percebida pela empresa na preparação de agentes educadores. A partir disso buscamos parcerias com o Fundetec de Cascavel e os departamentos de Tecnologias do Estado do Paraná. Também auxiliou o fato de que já fazíamos parte de uma rede nacional de tecnologia aplicada em Educação.

PROPOSTA

O projeto EduCAR se propõe a promove a educação criativa com a aplicação de robótica, mas com foco no professor.

Quando falamos em desenvolver habilidades e competências, falamos sobre as competências do século 21, que é tema da educação nos últimos anos e que nasce com a necessidade de os alunos estarem preparados para uma realidade muito diferente da que vivemos hoje, complementa Alves.

A justificativa é simples: a tecnologia está presente nas relações humanas e sociais, mas atividades profissionais a partir da automação e através das diversas mídias. O objetivo é que o aluno chegue ao Ensino Médio ou Formação Superior preparado para ser um cidadão ativo nesse meio. E para isso são necessárias habilidades de comunicação, expressão, negociação e a parte interpessoal de interação.

MÉTODO

                A metodologia criada requer uma série de elementos que precisam ser entregues na forma de laboratório para aplicar. A E.TECH Brasil seleciona algumas áreas da tecnologia que tem aderência à base curricular padrão, como português, matemática e iniciação científica. E para reforçar o conhecimento destas disciplinas, são aplicadas metodologias ativas, ou seja, a prática ao invés da teoria. A metodologia EduCAR é um filtro de recursos didático-pedagógicos que tem uma plataforma simplificada e aberta por trás, baseada em boas práticas de ensino de tecnologia, mas que não dependem de especialistas. É possível trabalhar com programação sem dominar a programação e aprender ensinado, detalha Alves.

Dentro do projeto são trabalhados seis módulos: programação, eletrônica, estrutura para montagem relacionada a parte criativa, modelagem em 3D, robótica pedagógica (desenvolver o sensoriamento e automoção adaptado para o uso das crianças), a impressão 3D associada a robótica livre. Quando entrega o projeto EduCAR, a E.TECH Brasil entrega um laboratório que contenha plataformas e soluções apoiadas numa formação da equipe pedagógica.  Para o CEO, a empresa contribui, dessa forma, com o desafio de transformação das escolas em que se inserem. Deixamos educadores preparados, estrutura adequada e alunos em condição de receber a formação necessária para essa nova configuração do mercado de trabalho e de relações interpessoais, finaliza.

Em Guarapuava, ao todo, 44 escolas municipais participam de oficinas de robótica. A Escola Municipal Antonio Lustosa, localizada no centro da cidade, foi palco recente da exposição dos trabalhos da primeira Oficina de Robótica, que contou com a participação de cerca de mil alunos. Onde alguns alunos selecionados receberam o certificado de conclusão de curso. Além disso, eles mostraram aos seus familiares e amigos o que aprenderam durante as aulas. O projeto desenvolvido pela Secretaria de Educação e Cultura, através da Escola Óptimus, atende alunos de 10 anos de todas as 44 escolas municipais de Guarapuava, incluindo os distritos. As aulas acontecem semanalmente na escola Antonio Lustosa, onde foi montado um laboratório exclusivo para o curso.

INTERAÇÃO

A contadora Soeli Soares é mãe dos gêmeos Victor e Vinicius, que receberam o certificado. “É incrível o que eles aprendram. Estava vendo o robô que monta legos e fiquei surpresa com a rapidez dos movimentos. Eu estou orgulhosa. é uma oportunidade que eu nunca tive. Estou muito feliz por eles”, disse. Além disso, durante a mostra, havia um espaço dedicado à diversão com vídeo games e competições de robôse.