Segunda decisão
Ainda mais importante do que conquistar o título simbólico, é provar que o time tem condições de vencer adversários complicados, mesmo desfalcado e jogando fora de casa. É bem verdade, que o time guarapuavano já conseguiu vitórias importantes longe da torcida, como contra o Ciagym Maringá e o Keima/Operário. No entanto, vencer a Copagril em Marechal é (pelo menos na teoria) ainda mais complicado, por se tratar de uma das principais equipes do futsal da atualidade, comandada por um dos técnicos mais vencedores do futsal nacional: PC de Oliveira.
PC, inclusive, deverá ter uma atenção especial neste confronto. Será a primeira vez que o treinador (ex-Seleção Brasileira e Corinthians) comandará a Copagril em um jogo dentro do ginásio Ney Braga. Todo o investimento do time rondonense para trazer o técnico multi-campeão será posto à prova, diante do exigente torcedor rondonense. Assim, a expectativa (mesmo com pouquíssimo tempo de trabalho) é que a Copagril já comece a mostrar sua 'nova cara'.
Outro ingrediente importante neste clássico é que o time de Guarapuava vai determinado a encerrar de vez o tabu de cinco anos sem vencer a Copagril. A última vitória foi no longínquo Campeonato Paranaense de 2009, no primeiro ano do técnico Baiano no comando do time guarapuavano. No Ney Braga, o Guarapuava Futsal venceu apertado, por 3×2. Depois, só deu empate ou Marechal, como no único jogo de 2014 em que os rondonenses venceram por 3×0, pelo Torneio dos Campeões.
Independente de quem vai sair vitorioso no clássico, o certo é que o jogo tem tudo para ser um dos melhores da Chave Ouro até agora, entre aquelas que deverão ser as duas maiores forças do Paraná na Liga Futsal deste ano. Um aperitivo do que ainda está por vir no segundo semestre, quando as equipes voltarão a medir forças pela competição nacional e, muito provavelmente, na fase final da Chave Ouro.
Se analisado friamente, o favorito é todo do time de Marechal, por jogar em casa, pela estreia do PC e por toda esta mística do tabu que se arrasta por cinco anos. Além disso, as ausências de Adeírton e Deivão (expulsos no jogo do último sábado, em Clevelândia) deverá tirar um pouco da força da equipe guarapuavana, tanto na parte ofensiva, quanto na parte defensiva. Porém, uma das coisas mais interessantes do esporte, de maneira geral, é a superação nos momentos de grande adversidade. A concentração e a vontade de vencer da equipe do Poker poderá reverter este suposto favoritismo da Copagril.
Se o time de Guarapuava tiver o mesmo espírito do jogo contra Cascavel, quando goleou por 6×1, a vitória se tornará realidade. Acredito que os guarapuavanos estão mais perto de encarnarem este 'espírito guerreiro' do que a Copagril, neste momento. Assim, acredito fortemente que é possível reverter o sentimento de decepção, depois do empate contra Clevelândia, transformando-o em motivação e, quem sabe, em uma importante vitória para deixar o time guarapuavano com a mão na taça.
#VamosCAD!