No primeiro semestre de 2014 foram transplantados 211 órgãos no Paraná

Autorização familiar é o primeiro passo para a doação acontecer

A Central Estadual de Transplantes quer estimular o debate nas famílias sobre a doação de órgãos, pois a prévia autorização familiar do possível doador é o requisito fundamental para doação de órgãos no Brasil. Para isso, promove palestras em igrejas, universidades e clubes de serviços em todo o Estado.

Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes, Arlene Badoch, promover um debate sobre a questão, ou simplesmente levar o assunto para dentro de casa, faz com que as pessoas se aproximem e percam o medo.

Um bom começo é pensar na doação como um ato humano, de coragem e que salva vidas, diz a diretora. De acordo com Badoch, em muitos casos a desinformação é a pior inimiga. Um boato, uma informação errada ou mal compreendida pode fazer com que as famílias desistam de doar, destaca.

A informação correta chegou tarde para a senhora Maria das Neves Púpio. Evangélica, diz que segue orientações de sua igreja (que não vamos identificar aqui) quanto a questão da doação. De acordo com Púpio, sua religião fez sérias advertências quando sua filha morreu. 'Minha religião não permite a doação, por isso não doei nada da minha menina', afirma.

Arlene Badoch ressalta que os protocolos para a doação de órgãos são confiáveis e seguem padrões internacionais de segurança. Quando há a confirmação da morte cerebral, por meio do Protocolo de Morte Encefálica, profissionais que atuam na Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante acolhem e conversam com os familiares, esclarecendo as dúvidas sobre o processo de doação.

É neste momento que todas as informações são repassadas, pois é importante que não haja incertezas por parte da família, destaca a diretora.

De acordo com os registros da Central de Transplantes, no primeiro semestre de 2014, foram transplantados 211 órgãos – 133 rins, 51 fígados, 10 pâncreas e 17 corações.

No entanto, 2.188 pessoas ainda esperam por um órgão no Paraná. A maior demanda é por rim, seguido por fígado e coração. São 1.621 pessoas na espera por rim, 88 por fígado e 50 por coração.

Mais informações: com Central de Transplantes do Paraná pelo e-mail [email protected]