Mutirão pela saúde se espalha no Paraná

Para se beneficiar do mutirão o cidadão paranaense precisa apenas procurar a unidade de saúde do Estado mais próxima e se inscrever

O Paraná é um dos poucos estados do país que banca cirurgias eletivas para a população. Cirurgias eletivas são aquelas que não são de emergência, mas atrapalham a vida de quem necessita delas. Um mutirão foi iniciado há dois anos e é levado para as regiões onde moram os pacientes. A fila dos que não tinham condições de bancar os procedimentos era imensa, principalmente porque tinham de se deslocar até Curitiba para conseguir o atendimento. Em 24 meses, R$ 60 milhões foram investidos e 66 mil cirurgias realizadas.

A maioria atendeu a demanda dos paranaenses que necessitavam voltar a enxergar bem, mas foram acometidos pela catarata, uma doença que, se não for tratada, pode levar à cegueira. O tempo de espera pelo procedimento, que antes era contada em anos, foi praticamente zerado. Não passa de uma semana. No início de julho, apenas 18 pacientes de todo o Paraná aguardavam a operação.

Em Francisco Beltrão, a fila gigante sumiu e os beneficiários comemoram. É o caso de Antoninho Zangrande. Aos 80 anos, com problema nos dois olhos, ele não estava muito disposto a viajar até a capital para se submeter à cirurgia, mesmo porque a espera seria ainda maior. O mutirão, segundo ele, apareceu como um milagre. Ele foi operado no Hospital Regional do Sudoeste e fez o que já tinha desistido até de pensar: voltar a dirigir seu automóvel. Fiz a renovação da carteira. Enxerguei todas as letrinhas no exame médico, comemora.

A ação para melhorar a vida dos paranaenses já chegou às 22 regionais de Saúde. No Sudoeste não há ninguém na espera, segundo Cintia Jaqueline Ramos, diretora da 8ª Regional. Os atendimentos abrangem também quem tem problemas vasculares, de hérnia, ortopedia e ginecologia. O sucesso da iniciativa, entretanto, fez ampliar o leque de procedimentos.

Neste mês, o Governo do Estado anunciou a oferta de cirurgias bariátricas para 30 municípios da região de Maringá. Serão realizados 50 procedimentos por mês a um custo de R$ 300 mil. A gastroplastia, como é chamada, é utilizada para redução de estômago e indicada para pessoas com alto grau de obesidade e risco à saúde. A iniciativa, segundo o governo, não tem prazo para acabar, mesmo porque por enquanto há mil pessoas na fila para realizar o procedimento.

Para se beneficiar do mutirão o cidadão paranaense precisa apenas procurar a unidade de saúde do Estado mais próxima e se inscrever. Em Ponta Grossa, por exemplo, o Hospital Regional dos Campos Gerais, da 3ª Regional de Saúde, agora passou a oferecer cirurgias ginecológicas. Nesta semana, em Jacarezinho, no Norte Pioneiro, foi anunciado que até o final do ano será possível realizar 600 cirurgias de catarata e outras 400 vasculares e ginecológicas.

 

Da Redação, com Agência Nacional de Notícias.