Falta é atitude!

Não faremos mais um textão falando sobre o impacto que o lixo tem no meio ambiente, por que isso todo mundo já sabe. Vamos falar é da atitude que muitos não têm, pois como diz Maristela Procidonio Ferreira, bióloga da Secretaria de Meio Ambiente, “consciência todos nós temos, o que falta é atitude para fazer o correto”.

Muitas vezes é o munícipe que não colabora com a coleta seletiva que reclama do aterro sanitário, ou aquele que joga lixo em qualquer calçada que reclama da sujeira ou bueiros entupidos.

Mas na maioria dos casos o exemplo vem de casa, ou da comunidade, pois as pessoas crescem vendo os pais, tios, vizinhos, jogando papel de bala pela janela do carro. Alguns, claro, conseguem fazer uma auto reflexão e mudar depois de adultos.

Mas justamente por ser “de pequeno que se torce o pepino” é que a educação ambiental é importante nas escolas. Isso acontece a partir dos textos e atividades trabalhados em sala, com palestras de órgãos responsáveis pelo meio ambiente e principalmente de bons exemplos na comunidade escolar e em casa.

Um exemplo clássico em Guarapuava é do Festival da Canção Ecológica, que está em sua 16ª edição. Por trás da apresentação e premiação esconde-se um propósito maior: o de promover a reflexão dos alunos sobre suas atitudes em relação ao meio ambiente. Maristela garante que durante o processo criativo dos alunos participantes, eles estarão refletindo sobre suas práticas e atitudes com o mundo ao seu redor.

É a partir dessa reflexão que o ser humano começa a transformar o espaço ao seu redor e a entender o seu papel na sociedade. Com a educação ambiental, nos damos conta do impacto que um papel de bala tem no ecossistema, por exemplo.

Festival

O festival é realizado em meados de outubro. Até lá, alunos do ensino médio de escolas públicas e privadas se preparam, procuram as datas do evento e vão produzindo suas canções. No final, os ganhadores levam R$ 1 mil, R$ 800 e R$ 500, para as três primeiras colocações, respectivamente. “Esse é um incentivo para a participação dos alunos, o prêmio é para eles, as escolas ganham o troféu e não o dinheiro”, explica Maristela.

Atenção alunos que querem participar. Procurem a equipe pedagógica de suas escolas até 30 de setembro e se informem sobre como fazer, mas é preciso ter em mente que os critérios de avaliação são a musicalidade, o poema e o conteúdo.

Falando em educação ambiental, agora de adultos, nesta terça-feira (18) começa o XV Encontro Paranaense de Educação Ambiental (EPEA), e vai até quinta-feira (20), no campus Santa Cruz.

O EPEA abrange o II Colóquio Internacional de Educação Ambiental e a III Semana de Meio Ambiente, voltados para questões acadêmicas, políticas e sociais, além do II Simpósio de Pesquisadores Faxinais, que discute as questões de comunidades faxinais, e do VI Colóquio de Pesquisadores em Educação Ambiental, voltado para área de educação acadêmica.

O evento com certeza é de grande importância, espera-se que a partir dele os envolvidos consigam sair das discussões e partir para ações concretas voltadas à educação.