Orgulho guarapuavano: Welder Knaf representa município nas paralimpíadas

No ano passado, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) fez a convocação dos 278 atletas que participam da Rio 2016. Entre os convocados, uma feliz surpresa: o mesatenista guarapuavano Welder Knaf representaria o município nos jogos. Nessa modalidade apenas mais um do Paraná foi convocado: Claudiomiro Segatto, de Curitiba.

O paratleta estreou com vitória agora pela manhã nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro. O mesatenista não deu chance para o sueco Victor Sjoqvist e venceu por 3 a 0, se tornando líder do grupo H. Na segunda partida Wlder enfrentou o alemão Thomas Schmidberger, atual número 1 no ranking mundial, que venceu o jogo por 3 a 0, garantindo vaga na semifinal. Com a derrota, Knaf ficou fora da disputa por medalhas no individual, mas ainda participa na competição por equipes.

História do atleta

O guarapuavano é o nono colocado no ranking mundial da Classe 3, sendo o vice-campeão no Canadá. Welder também foi classificado nos torneios que participou: no Aberto da República Tcheca, prata individual e ouro por equipes; no Aberto de Marrocos, campeão individual e por equipes; na Copa Chile, novamente campeão individual e por equipes.

Sobre os jogos

Esta é a maior delegação paralímpica do país, com 181 homens e 97 mulheres e, pela primeira vez, o país tem representantes nas 22 modalidades esportivas. Andrew Parsons, presidente do CPB, disse que a meta é alcançar o quinto lugar. O Brasil não entra em nenhuma das 22 modalidades para ver como é que é, para passear. Nas 22 [modalidades], somos muito competitivos, afirmou.

Os jogos seguem até 18 de setembro. Segundo Parsons, atletismo e natação ainda são os carros-chefes da delegação, mas outras modalidades, como a canoagem, que está pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos, também representam esperança de medalha.

O presidente do CPB informou que não teme a redução de recursos após a Paralimpíada. A principal fonte de financiamento dos esportes paralímpicos é a Lei Agnelo/Piva, que prevê a destinação de 2% da arrecadação bruta das loterias federais em operação no país, descontadas as premiações, para os comitês olímpicos.

Talvez a gente seja uma das poucas entidades esportivas no Brasil que não está com medo do período pós-Rio. Pelo contrário, a gente vai ter quatro anos com centro de treinamento e mais recursos para encarar esse desafio de Tóquio [onde serão os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020].