Produção industrial do Paraná avançou 5,1% em setembro

A produção da indústria do Paraná avançou 5,1% na passagem de agosto para setembro de 2015. Na média nacional, houve queda de 1,3%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal Regional – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o Paraná recuperou parte da perda de 8,4% acumulada nos meses de julho e agosto. Entre os 14 locais pesquisados no País, dez apresentaram redução no ritmo da produção industrial.

Os ramos que influenciaram positivamente no índice geral do Paraná foram fabricação de coque e produtos derivados do petróleo e biocombustíveis; de bebidas; de produtos químicos; e de máquinas e equipamentos.

Em setembro de 2015, na comparação com setembro de 2014, o setor fabril paranaense apontou recuo de 7,8%. No Brasil, houve queda de 10,9%, com retração em 12 dos 15 locais pesquisados.

Os setores que afetaram negativamente o desempenho da indústria no Paraná foram fabricação de veículos automotores, reboques e semirreboques (-37,4%), impulsionado pela menor produção de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, motores de explosão e combustão interna para veículos automotores, reboques e carrocerias; e pela fabricação de móveis (-29,4%), devido à menor produção de armários de madeira para uso residencial e para cozinhas (exceto modulados), móveis diversos de metal para escritório, estantes de madeira de uso residencial e poltronas e sofás de madeira (exceto para escritório).

Também interferiu no resultado o recuo na fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-23,5%), pressionado pela menor produção de eletroportáteis domésticos, fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, refrigeradores ou congeladores, chicos elétricos para transmissão de energia (exceto para veículos) e cabos coaxiais e outros condutores elétricos coaxiais.

Houve ainda influência na produção de produtos minerais não-metálicos (-17,6%), pressionado pela menor produção de blocos de tijolos para construção, misturas betuminosas fabricadas com asfalto ou betumes, cimentos Portland e elementos pré-fabricados para a construção civil de cimento ou concreto e massa de concreto preparada para construção.

Vale citar ainda a diminuição na fabricação de produtos de metal (-15,6%), em artefatos diversos de ferro e aço estampado, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, torres e pórticos de ferro e aço e parafusos, pias, cubas e lavatórios, banheiras e semelhantes de ferro e aço e correntes cortantes de serras; e pela fabricação de produtos de borracha e de material plástico (-12,9%), por queda na produção de peças e acessórios de plástico para veículos automotores, sacos, sacolas e bolsas de plástico para embalagem ou transporte, garrafas, garrafões, frascos, e artigos semelhantes em plástico, filmes de material plástico para embalagem e câmaras-de-ar usadas em ônibus e caminhões.

Em sentido oposto, o principal impacto positivo veio do setor de fabricação de produtos químicos e fabricação de máquinas e equipamentos, fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis.

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No índice acumulado para os nove primeiros meses de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 7,8% no confronto contra igual período do ano anterior, ante redução de 7,4% na produção nacional.
Dos 13 setores pesquisados, nove diminuíram a produção, puxados por fabricação de veículos automotivos (-30,4%); de produtos de minerais não-metálicos (-19%); de móveis (-14,4%); produtos de metal (-8,2%); fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (-6,4%); produtos de borracha e de material plástico (-5,9%); e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,3%).

No índice acumulado nos últimos doze meses, terminado em setembro de 2015, a indústria do Paraná desacelerou 6,8%, versus retração de 6,5% na produção nacional. Os setores que afetaram negativamente o desempenho do Estado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-28,5%); produtos minerais não-metálicos (-16,9; fabricação de móveis (-11,1%); de máquinas e equipamentos (-7%); e de produtos de metal (-6,7%).

Os resultados da produção industrial são reflexos da combinação entre a escalada da taxa de inflação, dos juros e do câmbio, que afetam intensamente a estrutura industrial brasileira e do Paraná, causando forte retração das vendas internas e aumento dos custos de produção.

O setor que contribuiu mais intensamente para os resultados da produção industrial, ao longo do ano, foi o automotivo, que passa por uma forte retração das vendas internas e externas, com o aumento dos estoques nas fábricas e revendas.

Como consequência, o setor vem adotando medidas de corte de produção, suspensão temporária de contratos de trabalho e programas de demissão voluntária.

  • (AEN)