Intercâmbio: ponte aérea Guarapuava – Mundo

Intercâmbios promovidos pelo Rotary e Unicentro rompem os limites do município e promovem a troca cultural entre estudantes

 

O mercado de intercâmbio e educação internacional está em crescimento no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Operadores de Viagens Educacionais e Culturais (Belta), 202,1 mil brasileiros viajaram para estudar no exterior em 2015. Com o aumento da demanda, o volume de agências de intercâmbio também engordou, basta andar por Guarapuava para ver as novas opções de empresas de viagem.

Mas, além das agências, são diversas maneiras  possíveis para quem sonha desbravar o mundo. Uma delas é fazer intercâmbio por meio do Rotary Clube e o ERI (Escritório de Relações Internacionais) da Unicentro.

Escritório de Relações Internacionais UNICENTRO (ERI)

Desde o início dos anos 2000 em Guarapuava, o ERI (Escritório de Relações Internacionais) da Unicentro visa abrir horizontes e expandir as fronteiras da própria universidade ao mundo. Até então, centenas de alunos da instituição viajaram para países como Portugal, Argentina, México, Colômbia e Canadá, entre outros.

De acordo com o diretor do Eri, professor Cláudio José de Almeida Mello, a possibilidade de intercâmbio é fundamental para a formação do aluno. “A ciência não tem fronteira. As diversas universidades do exterior utilizam metodologias e técnicas iguais às nossas. E quando não, o acadêmico têm a chance de conhecer o diferente. Além disso, por meio desse contato nosso estudante expande os horizontes e até mesmo as expectativas de futuro profissional”, elucida o docente.

Rotary Internacional

Diversos motivos levam ao intercâmbio. Mas, aprender um novo idioma ou conhecer pessoas e culturas diferentes são os principais deles. E, nesse objetivo, o Rotary oferece essa oportunidade para mais de 8 mil estudantes do clube.

A estudante Jade Santini, de 18 anos, é uma delas. Há 9 meses na Finlândia, a guarapuavana vem se adaptando aos costumes e o clima gelado do país. Mas, para ela, o maior desafio é a saudade dos pais. “Apesar da grande experiência e excelente recepção dos finlandeses, será mais de um ano longe de casa. Nunca fiquei tanto tempo sem vê-los. Mas vale a pena”, descreveu.

Até agosto Jade irá residir na fria cidade de Helsinki, na Finlândia
Até agosto Jade irá residir na fria cidade de Helsinki, na Finlândia

O número de guarapuavanos foram do Brasil não para por aí. O acadêmico de publicidade e propaganda Matheus José passou um ano no México. A viagem também foi medida pelo Rotary e rendeu diversas experiências. “Ainda que eu morasse com famílias, passei por três casas. Então, o maior aprendizado sem dúvida foi ser mais independente”, explicou Matheus, ao lembrar que, ao invés de sentir saudade, buscava focar no momento fora do país. “Não senti muita saudade porque sabia que eu voltaria logo e encontraria tudo da maneira que deixei”, destacou, relembrando que os mexicanos adoram comida brasileira e, por isso, não ficou sem o tradicional arroz com feijão. “Eles adoram nossos pratos, então quando eu quisesse, tinha diversas opções de restaurantes disponíveis”, brincou.

Matheus morou por um ano na cidade de Puebla, no México
Matheus morou por um ano na cidade de Puebla, no México

Estrangeiros em Guarapuava

E por falar em experiências, assim como Jade foi para a Europa e o Matheus para a América do Norte, a finlandesa Anna Rekola passou um ano aqui no sul do Brasil, em Guarapuava. De acordo com a estudante, o aprendizado e gratidão foram os principais aprendizados. “Quando cheguei no Brasil eu só falava “Oi. Tudo bem? Tenho dois cachorros”. Na última prova de proficiência que fiz, tirei 197/209 pontos na avaliação de Língua Portuguesa. Mas isso, graças à Unicentro que me ajudou com o curso de português, ao Rotary e as minhas famílias brasileiras sem as quais não saberia falar nem obrigada”, elucidou a estudante.

A finlandesa Anna usa da criatividade para matar a saudade do Brasil
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